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1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(7): 1971-1971, jul. 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447840

RESUMO

Resumo Investigaram-se diferenças no padrão de adoecimento e estilos de vida entre trabalhadores agrícolas e não agrícolas em 2013 e 2019, com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Calcularam-se as prevalências e seus IC de 95% para morbidades autorreferidas, autoavaliação de saúde (AAS) não boa, limitação das atividades habituais por DCNT, número de DCNT, depressão maior ou menor e estilos de vida. Utilizou-se o modelo de Poisson para cálculo das razões de prevalências brutas e ajustadas por sexo e idade. Consideraram-se as ponderações amostrais e o efeito do conglomerado em 2013 e 2019. Avaliaram-se 33.215 trabalhadores não agrícolas e 3.796 agrícolas em 2013. Em 2019, foram 47.849 trabalhadores não agrícolas e 4.751 agrícolas. Os trabalhadores agrícolas estão mais propensos a AAS não boa, problemas crônicos na coluna, excesso de atividade física no trabalho, tabagismo e menor consumo de frutas, legumes e verduras (FLV). Enquanto os trabalhadores não agrícolas apresentaram maiores prevalências de asma/bronquite, depressão, diabetes, e consumo de doces e refrigerantes. Ações diferenciadas de prevenção e manejo de DCNT para os dois grupos de trabalhadores devem ser priorizadas.


Abstract Differences in the profiles of illness and lifestyles among agricultural and non-agricultural workers were investigated using data from the National Health Survey (Brazilian acronym PNS) of 2013 and 2019. The prevalence and 95% CIs were calculated for the following variables: self-reported morbidities, poor self-rated health, limitations of usual activities, number of NCD, major or minor depression and lifestyles. The Poisson model was used to calculate crude and adjusted prevalence ratios, by gender and age. The sample weights and the conglomerate effect in 2013 and 2019 were considered in the analyses. A total of 33,215 non-agricultural workers and 3,797 agricultural workers were evaluated in 2013, whereas 47,849 non-agricultural workers and 4,751 agricultural workers were assessed in 2019. Agricultural workers are more susceptible to poor self-rated health, chronic back problems, excessive physical activity at work, smoking and lower consumption of vegetables and fruit. On the other hand, non-agricultural workers revealed a higher prevalence of asthma/bronchitis, depression and diabetes mellitus and greater consumption of candies and soft drinks. Differentiated NCD prevention and treatment actions for both groups of workers need to be prioritized.

2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(7): 2051-2064, jul. 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447853

RESUMO

Resumo O objetivo do artigo é analisar os fatores associados à piora da autoavaliação da saúde (AAS) de brasileiras que residiam com idosos com dependência funcional (IDF) durante a primeira onda da pandemia de COVID-19. Utilizou-se a ConVid - Pesquisa de Comportamentos como fonte de dados. Para a análise comparou-se o grupo de mulheres que moravam com IDF com aquelas que moravam com idosos sem dependência. Estimou-se modelos hierárquicos de razão de prevalência (RP) para testar as associações entre as características sociodemográficas, mudanças na renda, atividades de rotina e saúde na pandemia, tendo como desfecho a piora da AAS. A piora da AAS foi mais frequente no grupo de mulheres que moravam com IDF. Após o ajuste dos fatores hierárquicos, ser negra (RP=0,76; IC95% 0,60-0,96) e ter renda per capita menor que um salário-mínimo (RP=0,78; IC95% 0,64-0,96) foram fatores inversamente associados à piora da AAS entre corresidentes de IDF. O estado de ânimo ruim, o surgimento/piora de problema de coluna, o sono afetado, a AAS ruim, o sentimento de solidão e a dificuldade na realização de atividades rotineiras durante a pandemia foram fatores positivamente associados. O estudo demonstra que morar com IDF esteve associado à piora da saúde das brasileiras na pandemia, especialmente entre aquelas em posição de maior status social.


Abstract The objective is to analyze the factors associated with the worsening of the self-rated health (SRH) of Brazilian women who live with elderly people with functional dependence (EFD) during the first wave of COVID-19. ConVid - Behavior Research was used as a data source. For the analysis, the group of women who lived with EFD was compared with those who lived with the elderly without any dependence. Hierarchical prevalence ratio (PR) models were estimated to test the associations between sociodemographic characteristics, changes in income, routine activities and health in the pandemic, with the outcome of worsening SRH. This worsening was more frequent in the group of women living with EFD. After adjusting for hierarchical factors, being black (PR=0.76; 95%CI 0.60-0.96) and having a per capita income lower than minimum wage (PR=0.78; 95%CI 0.64- 0.96) were shown to be protective factors for SRH worsening among EFD co-residents. Indisposition, emergence/worsening of back problems, affected sleep, poor SRH, feeling loneliness and difficulty in carrying out routine activities during the pandemic were positively associated factors. The study demonstrates that living with EFD was associated with a worsening in the health status of Brazilian women during the pandemic, especially among those of higher social status.

3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(3): 771-784, Mar. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421209

RESUMO

Resumo O artigo tem como objetivo estimar a incidência e o agravamento do problema de coluna (PC) durante a primeira onda da COVID-19 no Brasil, bem como investigar os fatores demográficos, socioeconômicos e as mudanças nas condições de vida associadas. Utilizou-se a ConVid - Pesquisa de Comportamentos, realizada entre abril e maio de 2020, como fonte de dados. Estimou-se o número e a distribuição dos entrevistados que desenvolveram PC e a dos que tiveram agravamento no problema preexistente, seus intervalos de 95% de confiança e o teste qui-quadrado de Pearson. Estimou-se também a razão de chance de desenvolver PC ou ter piora de problema preexistente por meio de modelos de regressão logística múltipla. O PC preexistente foi reportado por 33,9% (IC95% 32,5-35,3) dos entrevistados e mais da metade (54,4%; IC95% 51,9-56,9) teve piora do quadro. A incidência cumulativa de PC na primeira onda da pandemia foi de 40,9% (IC95% 39,2-42,7). Ser mulher, o aumento percebido do trabalho doméstico e o sentimento frequente de tristeza ou depressão foram associados a ambos os desfechos. Os fatores socioeconômicos não foram associados a nenhum dos desfechos. A alta incidência e agravamento do PC durante a primeira onda revelam a necessidade de estudos em períodos mais recentes, dada a longa duração da pandemia.


Abstract The article aims to estimate the incidence and worsening of back pain (BP) during the first wave of COVID-19 in Brazil, as well as to investigate demographic, socioeconomic factors and associated changes in living conditions. ConVid - Behavior Research, applied between April and May 2020, was used as data source. The number and distribution of respondents who developed BP and those who had a worsening of the preexisting problem, their 95% confidence intervals and Pearson's Chi-square test were estimated. The odds ratio of developing BP or worsening a preexisting problem was also estimated using multiple logistic regression models. Pre-existing BP was reported by 33.9% (95%CI 32.5-35.3) of respondents and more than half (54.4%; 95%CI 51.9-56.9) had worsened. The cumulative incidence of BP in the first wave of the pandemic was 40.9% (95%CI 39.2-42.7). Being a woman, the perceived increase in housework and the frequent feeling of sadness or depression were associated with both outcomes. Socioeconomic factors were not associated with any of outcome. The high incidence and worsening of BP during the first wave reveal the need for studies in more recent periods, given the long duration of the pandemic.

4.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 55, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1515541

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVES To compare the coverage of cervical cancer screening in Brazil in 2013 and 2019, investigating the factors associated with having the test performed and the reasons given for not doing it. Additionally, a comparison is made concerning the time taken to receive the test result in SUS (Sistema Único de Saúde) and in the private health services. METHODS Using data from the National Health Survey (Pesquisa Nacional de Saúde - PNS), prevalence rates and corresponding confidence intervals were calculated to determine the frequency of recent cervical cancer screenings among women aged between 25 and 64 years old in Brazil, for both 2013 and 2019. Poisson regression models were employed to compare the prevalence of the outcome according to sociodemographic characteristics. The reasons for not having the test and the time between performing and receiving the result were also analyzed. RESULTS The findings revealed an increase in the coverage of preventive cervical cancer exams in Brazil from 78.7% in 2013 to 81.3% in 2019. Additionally, there was a decline in the proportion of women who had never undergone the exam, from 9.7% to 6.1%. Prevalence of test uptake was higher among white women, those with higher levels of education and income, and those residing in the South and Southeast regions of the country. The most commonly cited reasons for not taking the test were the impression it was unnecessary (45% in both 2013 and 2019) and never having been asked to undergo the test (20.6% in 2013 and 14.8% in 2019). CONCLUSIONS Despite the high coverage of screening achieved in the country, there is great inequality in access to the test, and a non-negligible number of women are at greater risk of dying from a preventable disease. Efforts must be made to structure an organized screening program that identifies and captures the most vulnerable women.


RESUMO OBJETIVOS Comparar a cobertura do rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil em 2013 e 2019, investigar os fatores associados à realização do exame e os motivos informados para não ter realizado, além de comparar o tempo do recebimento do resultado do exame no SUS e na rede privada. MÉTODOS A partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foram calculadas as prevalências e os respectivos intervalos de confiança de realização do exame preventivo do câncer do colo do útero há menos de três anos, em mulheres de 25 a 64 anos, em 2013 e 2019. Modelos de regressão de Poisson foram utilizados para comparar as prevalências do desfecho segundo características sociodemográficas. Também foram analisados os motivos para não ter feito o exame e o tempo entre a realização e o recebimento do laudo. RESULTADOS Houve aumento na cobertura do exame preventivo no Brasil entre 2013 (78,7%) e 2019 (81,3%) e redução na proporção de mulheres que nunca fizeram o exame de 9,7% para 6,1%. A prevalência de realização do exame foi maior em mulheres brancas, melhor escolaridade e renda mais alta, residentes nas regiões Sul e Sudeste. Os motivos mais frequentes para não realizar o exame foram achar desnecessário (45% em 2013 e em 2019) e nunca ter sido orientada a fazê-lo (20,6% em 2013 e 14,8% em 2019). CONCLUSÕES Apesar das elevadas coberturas de rastreamento alcançadas pelo país, há grande desigualdade no acesso ao exame, e uma parcela não desprezível de mulheres está sob maior risco de morrer por uma doença que pode ser evitada. Esforços devem ser feitos para a estruturação de um programa de rastreamento organizado que identifique e capte as mulheres mais vulneráveis.


Assuntos
Humanos , Feminino , Colo do Útero , Programas de Rastreamento , Inquéritos Epidemiológicos , Teste de Papanicolaou , Acesso aos Serviços de Saúde , Neoplasias
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(supl.1): e00124421, 2022. tab, ilus
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1374870

RESUMO

The growth in longevity in Brazil has drawn attention to more useful population health measures to complement mortality. In this paper, we investigate socio-spatial differences in life expectancy and healthy life expectancy based on information from the Brazilian National Health Survey (PNS), 2013 and 2019. A three-stage cluster sampling with stratification of the primary sampling units and random selection in all stages was used in both PNS editions. Healthy life expectancy was estimated by Sullivan's method by sex, age, and Federated Units (UF). Severe limitations to at least one noncommunicable chronic disease (NCD) or poor self-rated health were used to define the unhealthy state. Inequality indicators and a Principal Component analysis were used to investigate socio-spatial inequalities. From 2013 to 2019, both life expectancy and healthy life expectancy increased. The analysis by UF show larger disparities in healthy life expectancy than in life expectancy, with healthy life expectancy at age 60 varying from 13.6 to 19.9 years, in 2013, and from 14.9 to 20.1, in 2019. Healthy life expectancy in the wealthiest quintile was 20% longer than for those living in the poorest quintile. Wide socio-spatial disparities were found with the worst indicators in the UF located in the North and Northeast regions, whether considering poverty concentration or health care utilization. The socio-spatial inequalities demonstrated the excess burden of poor health experienced by older adults living in the less developed UF. The development of strategies at subnational levels is essential not only to provide equal access to health care but also to reduce risk exposures and support prevention policies for adoption of health behaviors.


O aumento da longevidade no Brasil tem chamado atenção para a necessidade de medidas mais úteis de saúde populacional, para complementar o índice de mortalidade. Os autores investigam diferenças socioespaciais na expectativa de vida e na esperança de vida saudável, com base em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), edições de 2013 e 2019. Em ambas as edições da PNS, foi utilizada amostragem de clusters em três estágios, com estratificação das unidades amostrais primárias e seleção randômica em todos os estágios. A esperança de vida saudável foi estimada pelo método de Sullivan, de acordo com o sexo, idade e Unidade da Federação (UF). Limitações graves em função de pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT) ou autoavaliação de saúde ruim foram utilizadas para definir o estado não saudável. Foram usados indicadores de desigualdade e análises de componentes principais para investigar as desigualdades socioespaciais. Entre 2013 e 2019, houve aumento na expectativa de vida e na esperança de vida saudável. A análise por UF mostrou disparidades maiores na esperança de vida saudável comparada com a expectativa de vida, onde a esperança de vida saudável aos 60 anos variava de 13,6 a 19,9 anos em 2013, e de 14,9 a 20,1 em 2019. A esperança de vida saudável no quintil mais rico foi 20% maior, comparado com o quintil mais pobre. Foram identificadas disparidades socioespaciais grandes, com os piores indicadores nas UFs localizadas nas regiões Norte e Nordeste, tanto de acordo com a concentração de pobreza ou pela utilização de serviços de saúde. As desigualdades socioespaciais demonstraram o excesso de carga de vida não saudável vivenciada por idosos vivendo nas UFs brasileiras menos desenvolvidas. O desenvolvimento de estratégias nos níveis subnacionais é essencial, não apenas para prover acesso igualitário aos cuidados de saúde, como também, para reduzir a exposição aos riscos e para apoiar políticas de prevenção, voltadas para a adoção de comportamentos de saúde.


El crecimiento de la longevidad en Brasil ha atraído la atención sobre medidas de salud más útiles para la población, con el fin de complementar la mortalidad. En este trabajo, investigamos diferencias socioespaciales en la esperanza de vida y esperanza de vida saludable, basadas en la información de la Encuesta Nacional de Salud (PNS), de 2013 y 2019. Se utilizó en ambas ediciones de la PNS un muestreo por conglomerados en 3 etapas con estratificación de las unidades de muestreo primarias y una selección aleatoria en todas las etapas. La esperanza de vida saludable se estimó por el método de Sullivan por sexo, edad, y Unidades Federadas (UF). Se usaron limitaciones graves para al menos una enfermedad crónica no transmisible (ECNT) o mala salud autoevaluada para definir un estado de mala salud. Los indicadores de Desigualdad y el análisis de Componente Principal se usaron para investigar desigualdades socioespaciales. De 2013 a 2019, hubo un incremento tanto en la esperanza de vida, como en la esperanza de vida saludable. El análisis por UF mostró disparidades mayores en la esperanza de vida saludable que en la esperanza de vida, con una esperanza de vida saludable a la edad de 60 años, variando desde los 13.6 a los 19.9 años, en 2013, y desde los 14.9 a los 20.1, en 2019. La esperanza de una vida saludable en el quintil más rico fue un 20% más larga que aquellos que vivían en el quintil más pobre. Se encontraron grandes disparidades socioespaciales con los peores indicadores en las UF localizadas en las regiones Norte y Nordeste, teniendo en consideración concentración de la pobreza o utilización de los servicios de salud. Las desigualdades socioespaciales demostraron la carga excesiva de la mala salud vivida por los ancianos que vivían en UF menos desarrolladas. El desarrollo de estrategias a niveles subnacionales es esencial no solo para proporcionar un acceso igualitario a la salud, pero también para reducir el riesgo de exposición y apoyar las políticas de prevención para la adopción de comportamiento de salud.


Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Expectativa de Vida , Expectativa de Vida Saudável , Pobreza , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia
6.
Rev. bras. epidemiol ; 25(supl.2): e220009, 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1407540

RESUMO

ABSTRACT: Objective: To identify factors associated with asthma and chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and respiratory symptoms, in Brumadinho, state of Minas Gerais, Brazil, after a dam rupture. Methods: This is a cross-sectional study, including a representative sample of adults (aged 18 years and over) in the municipality. Associations were assessed between dependent variables (medical diagnosis of asthma and COPD; symptoms of wheezing, dry cough, and nose irritation) and exploratory variables (sex, age group, smoking habit, having worked at Vale S.A. company before the dam rupture, time and area of residence in relation to the dam rupture). Logistic regression models with odds ratio (OR) calculation and 95% confidence interval were used. Results: We identified a prevalence of 7.2% of asthma; 3.5% of COPD; 8.8% of wheezing; 23.6% of dry cough; and 31.8% of nose irritation. We observed a greater chance of asthma among women and residents in the affected and mining regions, while a greater chance of COPD was observed in smokers and in those with longer time of residence in the municipality. Among the symptoms, we verified a higher chance of nose irritation among women, while a higher chance of wheezing and dry cough were found among smokers (current and former). Residents of regions affected by the mud reported a greater chance of presenting all the analyzed symptoms. Conversely, level of education was negatively associated with wheezing and dry cough. Conclusion: We found respiratory changes and identified the groups most vulnerable to developing them, which could contribute to directing actions to reduce the population's respiratory problems.


RESUMO: Objetivo: Identificar fatores associados a asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e sintomas respiratórios em Brumadinho (MG), após rompimento de barragem. Métodos: Estudo transversal com amostra representativa de adultos. Verificaram-se associações entre variáveis dependentes (diagnóstico médico de asma e DPOC e os sintomas chiado no peito, tosse seca e irritação nasal) e variáveis exploratórias (sexo, faixa etária, tabagismo, ter trabalhado na Vale S.A. antes do rompimento da barragem, tempo e área de residência em relação ao rompimento da barragem). Modelos de regressão logística com cálculo da odds ratio e intervalo de confiança de 95% foram empregados. Resultados: Identificou-se prevalência de asma de 7,2%, de DPOC de 3,5%, de chiado no peito de 8,8%, de tosse seca de 23,6% e de irritação nasal de 31,8%. Maior chance de asma foi observada no sexo feminino e nos residentes em área diretamente atingida pela lama e área de mineração, enquanto maior chance de DPOC foi vista nos fumantes e naqueles com maior tempo de residência no município. Entre os sintomas, maior chance de irritação nasal foi observada no sexo feminino, e de chiado no peito e tosse seca em fumantes (atuais e no passado). Residentes em área atingida pela lama relataram maior chance de apresentarem todos os sintomas analisados. Já a escolaridade apresentou associação negativa com chiado no peito e tosse seca. Conclusão: O estudo mostrou alterações respiratórias e identificou os grupos com maior vulnerabilidade para desenvolvê-las, podendo contribuir com o direcionamento de ações para a redução de problemas respiratórios da população.

7.
Rev. bras. epidemiol ; 25(supl.2): e220006, 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1407545

RESUMO

ABSTRACT Objective: To evaluate the prevalence of multimorbidity and sociodemographic and residential factors associated with this condition among adults living in Brumadinho, Minas Gerais. Methods: Cross-sectional study with baseline data from the Brumadinho Health Project, conducted in 2021 and comprising 2,777 individuals aged 18 years and over. The outcome variable was multimorbidity, defined by the existence of two or more of 20 chronic diseases. The exploratory variables were sex, age group, educational level, skin color and area of residence according to the dam failure. The association between exploratory variables and multimorbidity was assessed by logistic regression. Results: The prevalence of multimorbidity was 53.8% (95%CI 50.6-56.9). A greater chance of multimorbidity was found among women (adjusted OR=2.5; 95%CI 1.9-3.2), in participants aged between 40 and 59 (adjusted OR=2.8; 95%CI 1.8-4.3) or 60 years and older (adjusted OR=7.9; 95%CI 4.7-13.4) and in residents of the areas that were directly affected by the dam failure (adjusted OR=1.6; 95%CI 1.3-2.0). Conclusion: The burden of multimorbidity on the population of Brumadinho requires effective preventive measures and actions to the whole population, but mainly to the most vulnerable groups, that is, women, middle-aged and older individuals, and those directly affected by the dam failure, in addition to a timely provision of health care to reverse this situation.


RESUMO Objetivo: Avaliar a prevalência de multimorbidade e os fatores sociodemográficos e de área de residência associados a essa condição entre adultos residentes em Brumadinho, Minas Gerais. Métodos: Estudo transversal realizado a partir dos dados da linha de base do Projeto Saúde Brumadinho, que foi conduzida no ano de 2021 e incluiu 2.777 indivíduos com 18 anos ou mais. A variável desfecho foi a multimorbidade, definida pela existência de duas ou mais entre 20 doenças crônicas. As variáveis exploratórias foram sexo, faixa etária, escolaridade, cor da pele e área de residência. A associação entre as variáveis exploratórias e a multimorbidade foi avaliada pela regressão logística. Resultados: A prevalência de multimorbidade foi de 53,8% (IC95% 50,6-56,9). Maior chance de multimorbidade foi encontrada entre as mulheres (ORajustado=2,5; IC95% 1,9-3,2), nos participantes com idade entre 40 e 59 (ORajustado= 2,8; IC95% 1,8-4,3) ou com 60 anos ou mais (ORajustado= 7,9; IC95% 4,7-13,4) e nos residentes em áreas que foram diretamente atingidas pelo rompimento da barragem (ORajustado=1,6; IC95% 1,3-2,0). Conclusão: A elevada carga de multimorbidade sobre a população de Brumadinho requer medidas preventivas eficazes e ações no âmbito populacional, mas principalmente entre aqueles grupos mais vulneráveis, ou seja, mulheres, indivíduos de meia-idade e idosos bem como aqueles diretamente atingidos pelo rompimento da barragem, além de oferta oportuna de cuidados de saúde, de modo a reverter esse quadro apresentado.

8.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(9): 4033-4044, set. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1339599

RESUMO

Resumo O artigo tem por objetivo contribuir na identificação das condições e tendências de acesso e utilização dos serviços da atenção primária em saúde (APS) pelos idosos brasileiros nos anos de 2008, 2013 e 2019. Um estudo transversal em painéis com análise descritiva dos percentuais e intervalos de confiança das variáveis elencadas, no qual foram resgatados os dados relativos à população idosa investigada no Suplemento Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do ano 2008 e da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013 e 2019. Inicialmente identificou-se que, apesar da APS ter sido o principal serviço procurado mediante a necessidade de assistência, houve uma tendência de redução para esta procura em todas as regiões brasileiras, principalmente entre as mulheres idosas, na faixa etária de 60-69 anos e na população de raça/cor branca. Verificou-se um aumento de 15,2% no quantitativo de domicílios cadastrados na Unidade de Saúde da Família; 4,5% na procura por lugar, serviço ou profissional de saúde; e de 31,4% na população atendida. Os principais fatores de não atendimento foram não conseguir vaga/senha e não ter médico atendendo. E, dentre os investigados, verificou-se uma tendência de crescimento entre os que tinham o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e multimorbidades.


Abstract This paper aims to identify the conditions and trends in access and use of primary health care (PHC) services by Brazilian older adults in 2008, 2013, and 2019. We performed a cross-sectional panel study with a descriptive analysis of the percentages and confidence intervals of the variables listed, in which data on the elderly population investigated in the Health Supplement of the 2008 National Household Sample Survey (PNAD) and the 2013 and 2019 National Health Surveys (PNS) were obtained. We initially identified that, while PHC was the primary service sought for care needs, this demand tended to decline in all Brazilian regions, among older women, the 60-69 years age group, and whites. The number of households registered with the USF increased 15.2%; the search for a place, service, or health professional by 4.5%; and the population served by 31.4%. The main factors of non-attendance were not being able to get a vacancy/service ticket and doctor unavailability. A growing trend was observed among those diagnosed with Systemic Arterial Hypertension, Diabetes Mellitus, and multimorbidities among those investigated.


Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Serviços de Saúde , Hipertensão , Brasil , Estudos Transversais , Inquéritos Epidemiológicos , Acesso aos Serviços de Saúde
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(7): 2833-2842, jul. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1278780

RESUMO

Resumo Este estudo investiga a associação entre diagnóstico autorreferido de Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) e adesão ao distanciamento social e utilização dos serviços de saúde durante a pandemia de COVID-19. Estudo transversal com adultos brasileiros que participaram da ConVid Pesquisa de Comportamentos, realizada de 24 de abril a 24 de maio de 2020, via web (n = 45.161). Considerou as DCNT: diabetes, hipertensão, doença respiratória, doença do coração e câncer. Avaliou a utilização de serviços de saúde e a adesão ao distanciamento social. Estimou as prevalências e razões de prevalências ajustadas (RPa). 33,9% (IC95%: 32,5-35,3) referiu uma ou mais DCNT. Indivíduos com DCNT tiveram maior adesão ao distanciamento social intenso (RPa:1,07; IC95%:1,03-1,11), procuraram mais o serviço de saúde (RPa:1,24; IC95%:1,11-1,38) e tiveram mais dificuldades para marcar consulta (RPa:1,52; IC95%:1,35-1,71), conseguir atendimento de saúde (RPa:1,50; IC95%:1,22-1,84) e medicamentos (RPa:2,17; IC95%:1,77-2,67), realizar exames (RPa:1,78; IC95%:1,50-2,10) e intervenções programadas (RPa:1,65; IC95%:1,16-2,34). A presença de DCNT associou-se à maior adesão ao distanciamento social, procura por atendimento de saúde e dificuldade na utilização dos serviços de saúde.


Abstract The present study investigates the association between the self-reported diagnosis of noncommunicable disease (NCD) and the adherence to social distancing and the use of health services during the COVID-19 pandemic. This was a cross-sectional study with Brazilian adults who participated in the ConVid- Behavior Survey, conducted online between April 24 and May 24, 2020(n = 45.161). This studyconsidered the following NCDs: diabetes, hypertension, respiratory disease, heart disease, and cancer, and evaluated the use of health services and the adherence to social distancing, as well as estimated the prevalences and adjusted prevalence ratio (aPR); 33,9% (95% CI: 32,5-35,3) referred to one or more NCD. Individuals with NCDsshowed a greater adherence to intense social distancing (aPR: 1,07;95% CI: 1,03-1,11), sought out health services more often (aPR:1,24; 95% CI:1,11-1,38), and found greater difficultyin scheduling doctor's appointments (aPR:1.52; 95% CI 1,35-1,71), receiving healthcare treatment (APR:1,50;95% CI:1,22-1,84) and medication (APR:2,17;95% CI:1,77-2,67), and performing examinations (APR:1,78;95% CI:1,50-2,10) and scheduled interventions (APR:1,65;95% CI:1,16-2,34). The presence of NCDs was associated with social distancing, seeking out health care, and difficulty in using health services.


Assuntos
Humanos , Adulto , Doenças não Transmissíveis/epidemiologia , COVID-19 , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Pandemias , Distanciamento Físico , SARS-CoV-2 , Serviços de Saúde
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(supl.1): 2529-2541, jun. 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1278834

RESUMO

Resumo Este artigo objetivou descrever a cobertura de plano de saúde no Brasil. Foram analisados dados das edições de 2013 e 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde. A cobertura de plano de saúde médico ou odontológico foi analisada segundo características sociodemográficas, econômicas, de trabalho, situação censitária e Unidade da Federação. A cobertura de plano de saúde médico ou odontológico foi 27,9% (IC95%: 27,1-28,8) para 2013 e 28,5% (IC95%: 27,8-29,2) para 2019. Os resultados mostram que a cobertura continua concentrada nos grandes centros urbanos, nas regiões Sudeste e Sul, entre aqueles com melhor nível socioeconômico e aqueles que possuem algum vínculo de trabalho formal. Em 2019, dentre os trabalhadores formalizados, somente 30,7% relatou que o pagamento da mensalidade é feito diretamente a operadora, sendo 72,7% dentre os trabalhadores informais. Cerca de 92% dos planos de saúde médico cobrem internação e dentre as mulheres com plano de saúde, quase 20% delas não possuem cobertura para o parto. Apenas 11,7% das mulheres com idade entre 15 e 44 anos possuem cobertura para o parto através do plano de saúde. Os resultados mostram que a cobertura por plano de saúde mantém-se bastante desigual, reforçando a importância do Sistema Único de Saúde para a população brasileira.


Abstract This paper aimed to describe health insurance coverage in Brazil. Data from the 2013 and 2019 editions of the National Health Survey (PNS) were analyzed. The medical or dental health insurance coverage was analyzed according to demographic and socioeconomic characteristics, work status, urban/rural area, and Federation Unit. Coverage of medical or dental health insurance was 27.9% (95% CI: 27.1-28.8) for 2013 and 28.5% (95% CI: 27.8-29.2) for 2019. The results show coverage is still concentrated in large urban centers, in the Southeast and South, among those with better socioeconomic status and some formal employment. In 2019, only 30.7% of formal workers reported the monthly payment is made directly to the providers, while 72.7% of informal workers reported this information. About 92% of medical health insurance covers hospitalization, and almost 20% of women with health insurance are not covered for labor. Only 11.7% of women aged between 15 and 44 are covered for childbirth by health insurance. The results show the health insurance coverage is still quite unequal, reinforcing the Unified Health System (SUS) importance for the Brazilian population.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , População Rural , Seguro Saúde , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Inquéritos Epidemiológicos , Cobertura do Seguro
11.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(supl.1): 2515-2528, jun. 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1278839

RESUMO

Resumo Este estudo teve o objetivo de comparar os padrões de utilização de serviços de saúde, a partir das informações das edições da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013 e 2019. Os dois desfechos "Procura de atendimento relacionado à saúde nas últimas duas semanas" e "Consulta médica nos últimos doze meses" foram analisados segundo fatores socioeconômicos, geográficos, e condições de saúde. Foram usados modelos multivariados de regressão de Poisson para investigar os fatores associados à procura de atendimento de acordo com o motivo (problema de saúde ou prevenção). Entre 2013 e 2019, a prevalência de doenças crônicas aumentou de 15,0% a 22,5%. A proporção de busca de atendimento cresceu de 15,3 a 18,6%, e de uso de médico, de 71,2% a 76,2%, com amplitudes de variação de 61,4-75,8% e 68,0-80,6% entre as regiões Norte e Sudeste. Para atendimento por problema de saúde, não houve associação significativa com rendimento per capita, após o controle das demais covariáveis. Conclui-se que apesar da expansão da cobertura de utilização de serviços de saúde, as persistentes desigualdades regionais indicam necessidades de saúde não atendidas entre os residentes das regiões menos desenvolvidas. Modelos de atenção focados na prevenção e promoção da saúde são necessários.


Abstract This study aimed to investigate changes in the health service use pattern based on information from the 2013 and 2019 National Health Surveys (PNS). The two outcomes, "Seeking health-related care in the past two weeks" and "Medical visit in the last twelve months", were analyzed according to socioeconomic, geographic and health conditions characteristics. Multivariate Poisson regression models were used to investigate the factors associated with seeking care due to a health problem or prevention. The prevalence of chronic diseases increased from 15.0% to 22.5% between 2013 and 2019. The proportion of seeking care increased from 15.3 to 18.6%, and medical visits from 71.2% to 76.2%, ranging from 61.4 to 75.8% and 68.0 to 80.6% between the North and Southeast regions. There was no significant association of seeking care due to a health problem with per capita income, after controlling for the other covariates. We conclude by saying that, despite the expanded coverage of health service use, the persistent regional inequalities indicate unmet health needs among residents of the less developed regions. Health care models focused on prevention and health promotion are required.


Assuntos
Humanos , Serviços de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde , Renda
12.
Rev. bras. epidemiol ; 24(supl.2): e210017, 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1351747

RESUMO

ABSTRACT Objective: To estimate prevalence of healthy behaviors among individuals aged 30 years or more, diagnosed with arterial hypertension and diabetes mellitus, using information from the National Health Survey, 2019. Methods: Cross-sectional study with cluster sampling and simple random sampling in three stages. Individuals were aggregated according the following conditions: having arterial hypertension; arterial hypertension only; diabetes mellitus; diabetes mellitus only; arterial hypertension and diabetes mellitus only; without chronic non-communicable diseases. Poisson regression models and crude and adjusted prevalence ratios for sex, age group, and schooling were used. The proportion of recommendations received by patients with arterial hypertension and diabetes mellitus was estimated by type of care (public/private). Results: A total of 69,285 individuals aged 30 years or more was analyzed. Compared to individuals without non-communicable diseases, prevalence of consumption of fruits and vegetables ≥5 days a week was significantly higher among individuals with arterial hypertension (39.9% - 95%CI 38.8-41.0) and those with diabetes mellitus (42.8% - 95%CI 40.7-44.9). However, estimates of not having consumed ultra-processed food were low, 19.7% (95%CI 18.9-20.6) and 21.9% (95%CI 20,3-23.5), respectively. Prevalence of not smoking reached values close to 90% and significant prevalence ratios, whereas the practice of physical activity had levels below 30% and non-significant prevalence ratios. The proportion of healthy eating recommendations reached 90%, but it was close to 70% for not smoking. Conclusions: It is necessary to encourage the practice of healthy lifestyles and provide information about the benefits of physical activity and the harmful effects of unhealthy eating for well-being and aging with quality.


RESUMO: Objetivo: Estimar as prevalências dos comportamentos saudáveis entre os indivíduos de 30 anos ou mais com diagnóstico de hipertensão arterial e diabetes mellitus utilizando as informações da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Métodos: Estudo corte-transversal com amostragem por conglomerados e amostra aleatória simples nos três estágios. Os indivíduos foram agregados segundo as seguintes condições: ter hipertensão arterial; ter apenas hipertensão arterial; ter diabetes mellitus; ter apenas diabetes mellitus; ter apenas hipertensão arterial e diabetes mellitus; não ter doença crônica não transmissível. Foram utilizados modelos de regressão de Poisson e razões de prevalências brutas e ajustadas por sexo, grupo de idade e grau de escolaridade. As proporções de recomendações recebidas entre os hipertensos e diabéticos foram estimadas por tipo de atendimento (público/privado). Resultados: Foram analisados 69.285 indivíduos com 30 anos ou mais. Comparados aos indivíduos sem doença crônica não transmissível, as prevalências de consumo de frutas e hortaliças ≥5 dias na semana foram significativamente maiores entre os hipertensos, 39,9% (intervalo de confiança — IC95% 38,8-41,0) e diabéticos, 42,8% (IC95% 40,7-44,9). Contudo, as de não ter consumido alimento ultraprocessado foram baixas, 19,7% (IC95% 18,9-20,6) e 21,9% (IC95% 20,3-23,5), respectivamente. As prevalências de não fumar alcançaram valores próximos a 90% e razões de prevalência significativas, enquanto a prática de atividade física teve níveis inferiores a 30% e razões de prevalências não significativas. As proporções de recomendações recebidas para alimentação saudável alcançaram 90%, mas foram próximas a 70% para não fumar. Conclusões: É preciso estimular a prática dos estilos de vida saudáveis e prover informações sobre os benefícios da atividade física e os efeitos nocivos da alimentação não saudável para o bem-estar e o envelhecimento com qualidade.


Assuntos
Humanos , Diabetes Mellitus/terapia , Diabetes Mellitus/epidemiologia , Hipertensão/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Atenção à Saúde , Estilo de Vida Saudável
13.
Rev. bras. epidemiol ; 24(supl.2): e210009, 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1351752

RESUMO

ABSTRACT: Objective: To investigate the variation of anthropometric indicators from 2013 to 2019 and the factors associated with obesity in Brazil, using information from the National Health Survey. Methods: Cross-sectional study with cluster sampling and simple random sampling in the three stages. Measurements of weight and height among participants in 2013 (n=59,592) and in 2019 (n=6,672) were used. Differences in obesity prevalence were tested by Student's t test for independent samples. To identify the sociodemographic factors and health problems associated with obesity, we used Poisson regression models with robust variance and crude and age-adjusted prevalence ratios to test the associations. Results: From 2013 to 2019, prevalence of obesity increased significantly, from 20.8 to 25.9%. Among men, the greatest increases were found in the 40-59 age group (9.1%) and in the median income category (8.3%). Among women, the greatest rises were found among those with low education (8.7%) and non-white ones (6.0%). For both males and females, factors associated with obesity were age, to live with a partner, level of instruction directly associated among men, and inversely associated among women. In 2019, for males, the crude and adjusted prevalence ratios were significant for high cholesterol, high blood pressure and at least one chronic non-communicable disease and, for females, for poor self-rated health, high blood pressure, diabetes, and at least one chronic non-communicable. Conclusion: It is necessary to implement intersectoral policies to promote changes in eating habits and encourage the practice of physical activity, taking into account economic, social, cultural, and environmental aspects.


RESUMO: Objetivo: Investigar as variações de indicadores antropométricos entre 2013 e 2019 e os fatores associados à obesidade no Brasil, utilizando as informações da Pesquisa Nacional de Saúde. Métodos: Estudo transversal com amostra por conglomerados e seleção aleatória simples nos três estágios. Foram usadas as medidas aferidas de peso e altura em 2013 (n=59.592) e em 2019 (n=6.672). As diferenças nas prevalências de obesidade entre 2013 e 2019 foram testadas pelo teste t de Student para amostras independentes. Para identificar os fatores sociodemográficos e os problemas de saúde associados à obesidade, utilizaram-se modelos de regressão de Poisson com variância robusta e razões de prevalência brutas e ajustadas por faixa etária para testar as associações. Resultados: De 2013 a 2019, a prevalência de obesidade aumentou significativamente, de 20,8 para 25,9%. Entre os homens, os maiores aumentos ocorreram no grupo etário 40-59 anos (9,1%) e na faixa de renda mediana (8,3%), e, entre as mulheres, as de baixa escolaridade (8,7%) e não brancas (6,0%). Para ambos os sexos, os fatores associados à obesidade foram idade, viver com companheiro e escolaridade, diretamente entre homens e inversamente entre mulheres. Em 2019, para o sexo masculino, as razões de prevalência brutas e ajustadas foram significativas para colesterol alto, hipertensão arterial e alguma doença crônica não transmissível, e, para o feminino, para autoavaliação de saúde não boa, hipertensão arterial, diabetes, alguma doença crônica não transmissível. Conclusões: É preciso implementar políticas intersetoriais para promover mudanças nos hábitos de alimentação e incentivar a prática de atividade física, levando em consideração os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Obesidade/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco
14.
Rev. bras. epidemiol ; 24(supl.2): e210005, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1351754

RESUMO

ABSTRACT Objective: This study sought to evaluate information about the characteristics of households and coverage of the Family Health Strategy (FHS), produced in the National Health Survey, and to describe the changes occurred between 2013 and 2019. Methods: Information on households and FHS coverage from the two editions of the National Health Survey (2013 and 2019) was used. Differences between proportions found were assessed, relating to the availability of basic supply and sanitation services, as well as the adequacy of materials used in the building of households, distribution of households' adequacy, and coverage by the FHS according to regions and census situation. The complex sampling design was considered in the analysis, so the t-test for independent samples was used to assess the statistical significance of differences between the proportions found in 2013 and 2019. Results: Upward trends were observed in the percentage of households with adequate finishing, as well as of households with piped water in at least one room, and with adequate basic sanitation (sewage and garbage). The FHS coverage also increased in the period. Regional differences prevail according to urban or rural situation of households. Conclusion: Despite the increases observed both in the adequacy of households, in the availability of basic services and water/sanitation supply and in access to primary health care, many challenges still persist when it comes to ensuring that such services reach the most vulnerable places.


RESUMO: Objetivo: este estudo buscou avaliar as informações referentes às características dos domicílios e de cobertura da Estratégia Saúde da Família produzidas na Pesquisa Nacional de Saúde e descrever as mudanças ocorridas no período entre 2013 e 2019. Métodos: utilizaram-se as informações sobre domicílios e sobre cobertura da Estratégia Saúde da Família das duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde (2013 e 2019). Avaliaram-se as diferenças entre as proporções encontradas nas duas edições relacionadas à disponibilidade de serviços básicos de abastecimento e saneamento, bem como à adequação dos materiais utilizados na construção do domicílio e à distribuição da adequação dos domicílios e da cobertura da Estratégia Saúde da Família segundo regiões e situação censitária. Para a análise, foi considerado o desenho complexo de amostragem e utilizado o teste-t para amostras independentes para avaliar a significância estatística da diferença entre as proporções encontradas em 2013 e 2019. Resultados: foram observados aumentos no percentual de domicílios com acabamento adequado, bem como no percentual de domicílios com água canalizada em pelo menos um cômodo e com saneamento básico (esgoto e lixo) adequado. A cobertura da Estratégia Saúde da Família também mostrou aumento no período. Prevalecem as diferenças regionais e segundo a situação urbana ou rural dos domicílios. Conclusão: apesar dos incrementos observados tanto na adequação dos domicílios quanto na disponibilidade de serviços básicos e abastecimento de água e saneamento, e no acesso à assistência primária de saúde, muitos desafios persistem, principalmente para garantir que esses serviços cheguem aos locais mais vulneráveis.


Assuntos
Humanos , Saúde da Família , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos Epidemiológicos
15.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(3): e00216620, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1153712

RESUMO

Resumo: O presente estudo tem o objetivo de caracterizar a população idosa brasileira durante a pandemia de COVID-19, considerando suas condições de saúde, socioeconômicas, desigualdade de sexo, adesão ao distanciamento social e sentimento de tristeza ou depressão. Estudo transversal realizado com idosos brasileiros que participaram de um inquérito de saúde (N = 9.173), com método de amostragem "bola de neve virtual". Os dados foram coletados via web, por meio de questionário autopreenchido. Foram estimadas prevalências, intervalos de confiança e, para verificar a independência das estimativas, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson. Durante a pandemia, houve diminuição da renda em quase metade dos domicílios dos idosos. O distanciamento social total foi adotado por 30,9% (IC95%: 27,8; 34,1) e 12,2% (IC95%: 10,1; 14,7) não aderiram. Idosos que não trabalhavam antes da pandemia aderiram em maior número às medidas de distanciamento social total. Grande parte apresentou comorbidades associadas ao maior risco de desenvolvimento da forma grave de COVID-19. Sentimentos de solidão, ansiedade e tristeza foram frequentes entre os idosos, especialmente entre as mulheres. A pandemia da COVID-19 aprofundou a desigualdade ao afetar os idosos mais vulneráveis. Estratégias para mitigar a solidão e o distanciamento social devem ser feitas levando-se em conta a vulnerabilidade social e a acentuada diferença entre homens e mulheres quanto à composição domiciliar e às condições socioeconômicas e de trabalho. Recomenda-se o desenvolvimento de pesquisas representativas da população idosa brasileira e que investiguem o impacto da pandemia neste grupo.


Resumen: El objetivo de este estudio es caracterizar a la población anciana brasileña durante la pandemia de COVID-19, considerando sus condiciones de salud, socioeconómicas, desigualdad de sexo, adhesión al distanciamiento social y sentimiento de tristeza o depresión. Es un estudio transversal realizado con ancianos brasileños que participaron en una encuesta de salud virtual (N = 9.173), con un método de muestra "bola de nieve virtual". Los datos fueron recogidos vía web, mediante un cuestionario autocompletado. Se estimaron las prevalencias, intervalos de confianza y, para verificar la independencia de las estimaciones, se utilizó el test chi-cuadrado de Pearson. Durante la pandemia, hubo una disminución de la renta en casi la mitad de los domicilios de los ancianos. El distanciamiento social total fue adoptado por un 30,9% (IC95%: 27,8; 34,1) y 12,2% (IC95%: 10,1; 14,7) no se adhirieron. Los ancianos que no trabajaban antes de la pandemia se adhirieron en mayor número a las medidas de distanciamiento social total. Gran parte presentó comorbilidades asociadas a un mayor riesgo de desarrollo de la forma grave de COVID-19. Sentimientos de soledad, ansiedad y tristeza fueron frecuentes entre los ancianos, especialmente entre las mujeres. La pandemia de COVID-19 profundizó la desigualdad al afectar a los ancianos más vulnerables. Se deben elaborar estrategias para mitigar la soledad y el distanciamiento social, teniéndose en cuenta la vulnerabilidad social y la acentuada diferencia entre hombres y mujeres, respecto a la composición domiciliaria y las condiciones socioeconómicas y de trabajo. Se recomienda el desarrollo de investigaciones representativas de la población anciana brasileña, que investiguen el impacto de la pandemia en esta población.


Abstract: The goal of this study is to characterize the population of older adults in Brazil during the COVID-19 pandemic with regard to health, socioeconomic conditions, gender inequality, adherence to social distancing and feelings of sadness or depression. It is a cross-sectional study carried out with Brazilian older adults who responded to an online health survey (N = 9,173), using a "virtual snowball" sampling method. Data were collected online via a self-administered questionnaire. Prevalence and confidence interval estimates were performed and verified for independence using Pearson's chi-square test. During the pandemic there was a fall in household income among almost half of older adults. Extreme social distancing was practiced by 30.9% (95%CI: 27.8; 34.1) and 12.2% (95%CI: 10.1; 14.7) did not adhere to it. Older adults who were not working before the pandemic adhered in greater numbers to extreme social distancing measures. Most of them presented comorbidities associated with a higher risk of developing the severe form of COVID-19. Feelings of loneliness, distress and sadness were frequent among older adults, especially women. The COVID-19 pandemic widened the inequality gap by affecting the most vulnerable older people. Strategies to mitigate loneliness and social distancing should consider social vulnerability and the marked difference between men and women in terms of household composition and socioeconomic and working conditions. The development of representative surveys of Brazilian older adults is recommended, investigating the impact of the pandemic on this population.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Pandemias , COVID-19 , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , SARS-CoV-2
16.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(3): e00218320, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1249414

RESUMO

Resumo: O sono é importante para a manutenção da saúde física, emocional e para o bem-estar. Poucos estudos avaliaram o efeito das condições socioeconômicas no sono no período da COVID-19. O objetivo foi analisar o aumento ou a incidência dos problemas do sono segundo condições demográficas e econômicas, prévias à pandemia, e segundo mudanças nas condições financeiras, ocupacionais e tarefas domésticas durante a pandemia. Estudo realizado via web, usando dados de 24 de abril a 24 de maio, com 45.160 brasileiros (18 ou mais), com amostra ponderada pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Mudança na qualidade do sono (desfecho), renda mensal, efeito na renda familiar, na ocupação/trabalho, sexo, faixa etária, situação conjugal e alteração no trabalho doméstico (exposições) foram reportados. Estimamos os percentuais de início ou aumento dos problemas com o sono e os OR ajustados. A chance de exacerbação dos problemas com o sono foi de 34%, 71% e duas vezes maior nas pessoas com renda inferior a um salário mínimo antes da pandemia, nas que perderam o emprego e naquelas que tiveram a renda muito diminuída/ficaram sem renda, respectivamente. A chance de piorar os problemas do sono foi 82% maior nas mulheres; três vezes maior (OR = 3,14) na população com 18 a 29 anos, em relação aos idosos; e maior com o incremento da quantidade de tarefas domésticas (OR = 2,21). Fatores financeiros e ocupacionais foram determinantes na deterioração da qualidade do sono autorreferida, demandando ações rápidas sobre essas condições a fim de minimizar esse impacto. Gênero, faixa etária e rotinas domésticas também merecem atenção em relação à qualidade do sono.


Resumen: El sueño es importante para mantener la salud física, emocional y bienestar. Pocos estudios evaluaron el efecto de las condiciones socioeconómicas en el sueño durante el período de la COVID-19. El objetivo fue analizar el aumento o incidencia de los problemas del sueño, según condiciones demográficas y económicas, previas a la pandemia, y según cambios en las condiciones financieras, ocupacionales y tareas domésticas durante la pandemia. Estudio realizado vía web, usando datos del 24 de abril al 24 de mayo, con 45 160 brasileños (18 o más), con una muestra ponderada por los datos de la Encuesta Nacional por Muestreo de Hogares (PNAD). Se informó de cambio en la calidad de sueño (desenlace), renta mensual, efecto en la renta familiar, en la ocupación/trabajo, sexo, franja etaria, situación conyugal y alteración en el trabajo doméstico (exposiciones). Estimamos los porcentajes de inicio o aumento de los problemas con el sueño y los OR ajustados. La oportunidad de exacerbación de los problemas con el sueño fue un 34%, 71% y 2 veces mayor en las personas con renta inferior a 1 salarios mínimos antes de la pandemia, en las que perdieron el empleo y en aquellas que tuvieron la renta muy disminuida/se quedaron sin renta, respectivamente. La oportunidad de empeorar los problemas de sueño fue un 82% mayor en las mujeres; tres veces mayor (OR = 3,14) en la población con 18 a 29 años, en relación con los ancianos; y mayor con el incremento de la cantidad de tareas domésticas (OR = 2,21). Los factores financieros y ocupacionales fueron determinantes en el deterioro de la calidad del sueño autoinformada, demandando acciones rápidas sobre estas condiciones, a fin de minimizar este impacto. Género, franja de edad y rutinas domésticas también merecen atención en relación con la calidad del sueño.


Abstract: Sleep is a fundamental aspect for maintaining physical and emotional health, as well as one's well-being. Few studies have assessed the effect of socioeconomic conditions on sleep in the COVID-19 pandemic. Our objective was to analyze the increase or incidence of sleep disorders according to demographic and economic conditions, prior to the pandemic, and according to changes in financial, occupational, and household conditions during the pandemic. This study was conducted via web access, using data from April 24 to May 24, with 45,160 Brazilians (aged 18 or older), with a sample weighted by Brazilian National Household Sample Survey (PNAD) data. Change in sleep quality (outcome), monthly income, effect on family income, occupation/work, gender, age group, marital status, and change in domestic work (exposures) were reported. The percentages of onset or increase of sleep disorders and adjusted odds ratio were estimated. The chance of exacerbation of sleep disorders was 34%, 71%, and twice as high in people with income less than one minimum wage before the pandemic, in those who lost their job and in those who had a great decrease in their income/were without income, respectively. The chance of worsening sleep disorders was 82% higher in women; three times higher (OR = 3.14) in the population aged from 18 to 29, compared to the older adults; and higher with the increase in the amount of housework (OR = 2.21). Financial and occupational factors were determinants in the worsening of self-reported sleep quality, requiring rapid actions on these conditions in order to minimize this effect. Gender, age group, and household routines also deserve attention regarding sleep quality.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Idoso , Transtornos do Sono-Vigília/epidemiologia , COVID-19 , Brasil/epidemiologia , Incidência , Pandemias , SARS-CoV-2
17.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.3): e00183120, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1132896

RESUMO

The COVID-19 pandemic (caused by the SARS-CoV-2) is a public health emergency of international concern that particularly affects older people. Brazil is one of the countries most affected by the pandemic, ranking second with the highest number of confirmed cases and deaths worldwide as of mid-June 2020. The ELSI-COVID-19 initiative is based on telephone interviews with participants of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), conducted on a nationally representative sample of the population aged 50 or older. This initiative aims to provide information on adherence to preventive measures (social distancing, wearing masks, and handwashing/hygiene); reasons for leaving the house, when that was the case; difficulties obtaining medications, medical diagnosis of COVID-19, and receipt of confirmatory results; use of health-care services (recent care-seeking, care-seeking location, care receipt, among other aspects); and mental health (sleep, depression, and loneliness). The first round of telephone interviews was conducted between May 26 and June 8, 2020. The second and third rounds are expected to occur within the coming months. This article presents this initiative methodology and some sociodemographic characteristics of the 6,149 participants in the survey first round, relative the Brazilian population within the same age group.


La pandemia de COVID-19, causada por el SARS-CoV-2, es una emergencia pública global, que particularmente afecta a las personas mayores. Brasil es uno de los países más perjudicados por la pandemia, ocupando el segundo puesto en el mundo, en cuanto al número de casos confirmados y muertes hasta mediados de junio 2020. La iniciativa ELSI-COVID-19 está basada en entrevistas telefónicas de participantes en el Estudio Brasileño Longitudinal del Envejecimiento (ELSI-Brasil), realizado en una muestra nacional representativa de población con 50 años o más. Los objetivos principales de esta iniciativa son: producir información sobre la adherencia a las medidas preventivas (distanciemento social, llevar máscarillas faciales, y lavado de manos/higiene); así como las razones, cuando fuera el caso, para dejar el hogar, dificultades para conseguir medicación, diagnóstico médico de COVID-19 y recepción de test confirmatorios, uso de servicios de salud (búsqueda de cuidado recientemente, localización de la búsqueda de cuidado y recepción del mismo, entre otros aspectos); al igual que sobre salud mental (sueño, depresión y soledad). La primera ronda de entrevistas por teléfono se realizó entre el 26 de mayo y el 8 de junio de 2020. La segunda y tercera ronda de entrevistas se planificaron para que tuvieran lugar en los meses posteriores. Aquí, presentamos la metodología de esta iniciativa y algunas características sociodemográficas de los 6.149 participantes en la primera ronda de la encuesta, respecto a quienes dentro de la población brasileña estaban en el mismo rango de edad.


A pandemia COVID-19 (causada pelo SARS-CoV-2) é uma emergência global de saúde pública, que afeta principalmente os mais velhos. O Brasil é um dos países mais impactados pela pandemia, ocupando o segundo lugar no mundo em número de casos confirmados e mortes em meados de junho de 2020. A iniciativa ELSI-COVID-19 é baseada em entrevistas telefônicas com participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), realizado em amostra nacionalmente representativa da população com 50 anos ou mais. Os principais objetivos dessa iniciativa são produzir informação sobre a adesão às medidas preventivas (distanciamento social, uso de máscara facial e lavagem das mãos/higiene), motivos para sair de casa quando foi o caso, dificuldades na obtenção de medicamentos, diagnóstico médico de COVID-19 e recebimento de exames confirmatórios, utilização de serviços de saúde (procura recente por atendimento, local da procura e recebimento da atenção, entre outros aspectos) e saúde mental (sono, depressão e solidão). A primeira rodada de entrevistas por telefone foi realizada entre 26 de maio e 8 de junho de 2020. A segunda e a terceira rodadas de entrevistas estão planejadas para ocorrer nos próximos meses. Aqui, apresentamos a metodologia dessa iniciativa e algumas características sociodemográficas dos 6.149 participantes da primeira rodada da pesquisa em relação à população brasileira da mesma faixa etária.


Assuntos
Humanos , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Pneumonia Viral/epidemiologia , Telefone , Envelhecimento , Infecções por Coronavirus/epidemiologia , Coronavirus , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Inquéritos e Questionários , Estudos Longitudinais , Fidelidade a Diretrizes , Pandemias , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Pessoa de Meia-Idade
18.
Epidemiol. serv. saúde ; 29(5): e2020432, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | SES-SP, ColecionaSUS, LILACS | ID: biblio-1133811

RESUMO

Objetivo: Analisar a adesão da população às medidas de restrição de contato físico e disseminação da COVID-19 no Brasil. Métodos: Inquérito de saúde, realizado pela internet, com amostragem em cadeia, no período de 24 de abril a 24 de maio de 2020. A intensidade da adesão à restrição de contato físico foi analisada segundo características sociodemográficas, utilizando-se modelos de regressão logística para investigar associações com 'Nenhuma/pouca adesão'. Resultados: Dos 45.161 participantes, 74,2% (73,8-74,6%) relataram intensa adesão às medidas. O grupo que não aderiu às medidas foi composto homens (31,7%), com idade de 30 a 49 anos (36,4%), baixa escolaridade (33,0%), trabalhando durante a pandemia (81,3%), residentes nas regiões Norte (28,1%) e Centro-Oeste (28,5%) do país. Houve importante redução das taxas de crescimento diário, de 45,4 para 5,0%. Conclusão: Grande parte da população brasileira aderiu às medidas de restrição de contato físico, o que, possivelmente, contribuiu para reduzir a disseminação da COVID-19.


Objetivo: Analizar la adhesión de los brasileños a las medidas de restricción de contacto físico y diseminación del COVID-19. Métodos: Encuesta de salud realizada por internet con muesteo em cadena entre 24 de abril y 24 de mayo de 2020. La intensidad de la adhesión a la restricción de contacto físico se analizó de acuerdo con características sociodemográficas, utilizando modelos de regresión logística para investigar asociaciones con 'Ninguna/poca adhesión'. Resultados: Participaron 45.161, de los cuales un 74,2% (73,8;74,6%) informó intensa adhesión. El grupo con poca adhesión se caracterizó por hombres (31,7%), 30-49 años (36,4%), baja educación (33,0%), que trabajaron durante la pandemia (81,3%), residiendo em las regiones Norte (28,1%) y Centro-Oeste (28,5%) del país. En Brasil hubo una reducción relevante em las tasas de crecimiento diario, del 45,4% al 5,0%. Conclusión: Gran parte de la población adhirió a las medidas de restricción de contacto físico, lo que posiblemente contribuyó a la disminución de la diseminación del COVID-19.


Objective: To analyze the adherence of the population to physical contact restriction measures and the spread of COVID-19 in Brazil. Methods: This was a web-based health survey carried out from April 24 to May 24 2020 using a chain sampling procedure. Intensity of adherence to physical contact restriction measures was analyzed according to sociodemographic characteristics, using logistic regression models to investigate associations with 'No/little adherence'. Results: Of the 45,161 participants, 74.2% (73.8;74.6%) reported intense adherence to the measures. The group that did not adhere to the measures was characterized by men (31.7%), those aged 30 to 49 (36.4%), those with low education levels (33.0%), those who worked during the pandemic (81.3%), those resident in the North (28.1%) and Midwest (28.5%) regions of the country. In Brazil as a whole, there was a decrease in COVID-19 daily growth rates, from 45.4% to 5.0%. Conclusion: A large part of the Brazilian population adhered to physical contact restriction measures, which possibly contributed to decreasing the spread of COVID-19.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Comportamento Social , Comportamentos Relacionados com a Saúde , Quarentena/estatística & dados numéricos , Infecções por Coronavirus/prevenção & controle , Infecções por Coronavirus/epidemiologia , Isolamento Social , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Inquéritos Epidemiológicos/estatística & dados numéricos , Pandemias/prevenção & controle
19.
Rev. bras. epidemiol ; 23: e200105, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1156014

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Descrever as mudanças nas condições socioeconômicas e de saúde dos brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo transversal com dados de pesquisa de comportamentos realizada pela internet de 24 de abril a 24 de maio de 2020 com 45.161 participantes recrutados por amostragem em cadeia. Foi feita uma análise descritiva de temas abordados na pesquisa: adesão às medidas de restrição social, diagnóstico do novo coronavírus, situação de trabalho e rendimentos, dificuldades nas atividades de rotina, presença de comorbidades, estado de ânimo e acesso aos serviços de saúde. Foram estimados as prevalências e os intervalos de 95% de confiança. Resultados: Aproximadamente 75% dos brasileiros aderiram à restrição social. Quanto aos sintomas de gripe, 28,1% relatou ter apresentado algum sintoma, mas apenas 5,9% realizou teste para COVID-19. Em relação à situação socioeconômica, 55,1% relatou diminuição do rendimento familiar, e 7% ficou sem rendimento; 25,8% dos indivíduos ficaram sem trabalhar, sendo o grupo de trabalhadores informais o mais afetado (50,6%). Quanto às condições de saúde, 29,4% avaliou que a sua saúde piorou; 45% teve problemas no sono, 40% apresentou, frequentemente, sentimento de tristeza e 52,5% de ansiedade/nervosismo; 21,7% procurou serviço de saúde e, entre estes, 13,9% não conseguiu atendimento. Conclusão: Os achados mostram a importância do controle da pandemia de COVID-19 no Brasil, para mitigar os efeitos adversos na situação socioeconômica e nas condições de saúde relacionados às medidas de restrição social.


ABSTRACT: Objective: To describe changes in socioeconomic and health conditions of Brazilians during the COVID-19 pandemic. Methodology: Cross-sectional study with data from a web-based behavioral survey carried out from April 24 to May 24, 2020, with 45,161 participants recruited by the chain sampling method. A descriptive analysis of the survey topics was performed: adherence to social restriction measures, diagnosis of the new coronavirus, work situation and income, difficulties in routine activities, presence of comorbidities, psychological issues, and access to health services. Prevalence and respective 95% confidence intervals were estimated. Results: Approximately 74% of Brazilians adhered to social restrictions. As for flu symptoms, 28.1% reported having at least one flu symptom, but only 5.9% underwent testing for COVID-19. Regarding the socioeconomic impact, 55.1% reported a decrease in family income, and 7.0% were left without any income; 25.8% of the people lost their jobs, with the group of informal workers being the most affected (50.6%). As for health conditions, 29.4% reported worsening of health status; 45%, having sleep problems; 40% frequently presented feelings of sadness, and 52.5%, of anxiety; 21.7% sought health care, and, among them, 13.9% did not get care. Conclusion: The findings show the importance of controlling the COVID-19 pandemic in Brazil, to mitigate the adverse effects on the socioeconomic and health conditions related to social restriction measures.


Assuntos
Humanos , Fatores Socioeconômicos , Pandemias/economia , COVID-19/economia , COVID-19/epidemiologia , Estresse Psicológico/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Teste para COVID-19/estatística & dados numéricos , Renda
20.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 50, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1101862

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the proportion and total number of the general adult population who may be at higher risk of severe Covid-19 in Brazil. METHODS We included 51,770 participants from a nationally representative, household-based health survey (PNS) conducted in Brazil. We estimated the proportion and number of adults (≥ 18 years) at risk of severe Covid-19 by sex, educational level, race/ethnicity, and state based on the presence of one or more of the following risk factors: age ≥ 65 years or medical diagnosis of cardiovascular disease, diabetes, hypertension, chronic respiratory disease, cancer, stroke, chronic kidney disease and moderate to severe asthma, smoking status, and obesity. RESULTS Adults at risk of severe Covid-19 in Brazil varied from 34.0% (53 million) to 54.5% (86 million) nationwide. Less-educated adults present a 2-fold higher prevalence of risk factors compared to university graduated. We found no differences by sex and race/ethnicity. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, and Rio Grande do Sul were the most vulnerable states in absolute and relative terms of adults at risk. CONCLUSIONS Proportion and total number of adults at risk of severe Covid-19 are high in Brazil, with wide variation across states and adult subgroups. These findings should be considered while designing and implementing prevention measures in Brazil. We argue that these results support broad social isolation measures, particularly when testing capacity for SARS-CoV-2 is limited.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Pneumonia Viral/etiologia , Pneumonia Viral/epidemiologia , Infecções por Coronavirus/etiologia , Infecções por Coronavirus/epidemiologia , Medição de Risco , Betacoronavirus , Fatores Socioeconômicos , Índice de Gravidade de Doença , Brasil/epidemiologia , Fatores Sexuais , Doença Crônica , Prevalência , Fatores de Risco , Fatores Etários , Escolaridade , Pandemias , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Pessoa de Meia-Idade
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